Santo Agostinho, em seus solilóquios (falar consigo mesmo), procura as repostas para a questão:
ATÉ QUANDO SÃO NECESSÁRIAS A FÉ, A ESPERANÇA E A CARIDADE?
Resposta:
Indaguemos, ainda, se estas três coisas lhe serão necessárias à alma, uma vez superada a visão ou intelecção de Deus. A fé, como poderia ser-lhe necessária, se estás de posse de sua visão? E a esperança, ao tempo em que já o conhece? No entanto, a caridade, longe de acabar, será fortalecida enormemente. Pois contemplando aquela magnificência, soberana e verdadeira, lhe crescerá a chama do amor, e se não fixar seus olhos com grande força, sem desviar-lhe o olhar, não poderá permanecer nesta virtuosa contemplação. Mas enquanto a alma habitar este corpo mortal, entendendo Deus como tudo, os sentidos se ocupam destas operações, se bem não lhe seduzam, e ainda que invisíveis, poderia chamar-se fé àquilo que resiste aos seus afagos e se liga ao sumo Bem.
Assim, nesta vida, ainda sendo a alma bem aventurada com o conhecimento de Deus, não obstante padece de muitas enfermidades e espera que se acabe com a morte. Da mesma forma a esperança acompanha a alma enquanto peregrina por este mundo. Após a vida presente, ambas se recolhem em Deus, ficando somente a caridade que justificou essa ligação. Não pode chamar-se fé a união à verdade, livre de todo risco de erro, tampouco há de se esperar algo, onde tudo se possua. Assim três coisas são necessárias à alma: que esteja saudável, vise e veja. As outras três, fé, esperança e caridade são indispensáveis para do primeiro nível atingir o segundo. Para conhecer a Deus nesta vida, igualmente as três primeiras são necessárias, e na outra vida só subsistirá a caridade. (Capítulo VII - Páginas 43 e 44 – Santo Agostinho – Solilóquios – Editora Escala, Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal – 36).
Em resumo, com a nossa partida(Desencarno, morte) tudo irá de encontro a Deus, mas somente a caridade fará nosso caminho até Deus, somente a caridade aniquilará as enfermidades da alma e do espírito enquanto estivermos morada na Terra. (André Marques)
ATÉ QUANDO SÃO NECESSÁRIAS A FÉ, A ESPERANÇA E A CARIDADE?
Resposta:
Indaguemos, ainda, se estas três coisas lhe serão necessárias à alma, uma vez superada a visão ou intelecção de Deus. A fé, como poderia ser-lhe necessária, se estás de posse de sua visão? E a esperança, ao tempo em que já o conhece? No entanto, a caridade, longe de acabar, será fortalecida enormemente. Pois contemplando aquela magnificência, soberana e verdadeira, lhe crescerá a chama do amor, e se não fixar seus olhos com grande força, sem desviar-lhe o olhar, não poderá permanecer nesta virtuosa contemplação. Mas enquanto a alma habitar este corpo mortal, entendendo Deus como tudo, os sentidos se ocupam destas operações, se bem não lhe seduzam, e ainda que invisíveis, poderia chamar-se fé àquilo que resiste aos seus afagos e se liga ao sumo Bem.
Assim, nesta vida, ainda sendo a alma bem aventurada com o conhecimento de Deus, não obstante padece de muitas enfermidades e espera que se acabe com a morte. Da mesma forma a esperança acompanha a alma enquanto peregrina por este mundo. Após a vida presente, ambas se recolhem em Deus, ficando somente a caridade que justificou essa ligação. Não pode chamar-se fé a união à verdade, livre de todo risco de erro, tampouco há de se esperar algo, onde tudo se possua. Assim três coisas são necessárias à alma: que esteja saudável, vise e veja. As outras três, fé, esperança e caridade são indispensáveis para do primeiro nível atingir o segundo. Para conhecer a Deus nesta vida, igualmente as três primeiras são necessárias, e na outra vida só subsistirá a caridade. (Capítulo VII - Páginas 43 e 44 – Santo Agostinho – Solilóquios – Editora Escala, Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal – 36).
Em resumo, com a nossa partida(Desencarno, morte) tudo irá de encontro a Deus, mas somente a caridade fará nosso caminho até Deus, somente a caridade aniquilará as enfermidades da alma e do espírito enquanto estivermos morada na Terra. (André Marques)
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