DIAS, HORÁRIOS E LOCAL DAS SESSÕES

DIAS, HORÁRIOS E LOCAL DAS SESSÕES
Nós realizamos nossos trabalhos de exercício da caridade espiritual, comandadas pela nossa presidente Dna. FLOR MARIA:
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quarta-feira, 20 de maio de 2009

ILUSÃO

Boa Noite, que a Paz de Deus esteja com todos.

Hoje, eu trago uma mensagem que trata da ilusão( ela é do livro AS DORES DA ALMA de Francisco do Espírito Santo – Ditado pelo Espírito de HAMMED), ela discute o quanto nossas mentes tem a capacidade de criar as ilusões, a fim de que com isto possamos justificar alguns atos e atitudes que aos modos normais de convivência são tratados como irracionais.

É importante porque ela trata das ilusões e sonhos intangíveis, muitas das vezes pensamos e sonhamos em ter algo ou amar uma pessoa, que na realidade isto somente é uma ilusão de nossa mente. Quantos não colocam a mente para pensar em amores impossíveis, em coisas irreais intangíveis, todos nós temos esta predisposição, e esquecem do essencial, OUVIR O CORAÇÃO.

O que diferencia as pessoas nestes sonhos, é justamente o fato de acreditar. Pois, como dissemos, todos nós sonhamos, mas tem pessoas que sonham e acreditam e correm atrás daqueles sonhos irreais, intangíveis, esquecem de OUVIR A VOZ DO CORAÇÃO. Quantos sonham em ganhar na loteria mas, nem mesmo apostam, e quantos querem um amor de uma pessoa somente por querer, por achar que está certo, ai, vem a cegueira humana que tapa os olhos da realidade, impedindo de ver no parceiro que tanto quer, os defeitos e as dificuldades de se relacionarem.

Mas, parece estranho falar isto, pois, na espiritualidade fala-se em Amor, Caridade e Humildade, é verdade, além de falar ela aplica ao seu próximo. Mas, o importante é que nos mesmos conceitos ela também fala que, para que possamos amar, prestar caridade, sermos humilde e perdoar, primeiro devemos aplicar os princípios do Amor, Caridade, Perdão e Humildade em nós mesmos, pois, somente conseguimos aplicar e ensinar aquilo que aprendemos.

Ela Assim inicia-se:

Somos nós mesmos que nos iludimos, por querer que as criaturas dêem o que não podem e que ajam como imaginamos que devam agir.

Constantemente, criamos fantasias em nossa mente, bloqueamos nossa consciência e recusamos aceitar a verdade. Usamos os mais diversos mecanismos de defesa, seja de forma consciente, seja de forma inconsciente, para evita ou reduzir os eventos, as coisas ou os fatos de nossa vida que nos são inadmissíveis. A negação é um desses mecanismos psicológicos; ela aparece como primeira reação diante de uma perda ou de uma derrota. Portanto, negamos, invariavelmente, a fim de amortecer nossa alma das sobrecargas emocionais.

Quanto mais sonhos ilógicos, mais cresce a luta para materializá-los, levando certamente os indivíduos a se tornarem prisioneiros de um círculo vicioso e, como resultado, a sofrerem constante frustrações e uma decepção crônica.

Gostamos de alguém imensamente e alimentamos a idéia de que esse mesmo alguém pudesse corresponder ao nosso amor e, assim, criamos sonho românticos entre fantasias e irrealidades.

As histórias infantis sobre príncipes encantados socorrendo lindas donzelas em perigo são úteis e benéficas, desde que não se transformem em ilusórias bases da existência. Elas podem iniciar os delírios de uma espera inatingível eu que somente um príncipe de verdade tem o privilégio de merecer uma princesa disfarçada, ou vice-versa.

Estamos na terra para estabelecer uma linha divisória entre a sanidade e a debilidade; portanto, é imprescindível discernir o que queremos forçar que seja realidade daquilo que verdadeiramente é realidade. Muitas vezes, podemos estar nos iludindo a ponto de negar fatos preciosos que nos ajudariam a perceber a grandiosidade da vida providencial trabalhando em favor de nosso desenvolvimento integral.

Que Assim Seja!

terça-feira, 12 de maio de 2009

PRETOS VELHOS - 13-05 - VAMOS CONHECER

Pai Antônio foi o primeiro preto-velho a se manifestar na Religião de Umbanda em seu médium Zélio Fernandino de Morais onde se esta­be­leceu a Tenda Nossa Senhora da Piedade. Assim, ele abriu esta "linha" para nossa religião, introduzindo o uso do cachimbo, guias e o culto aos Orixás.

O "Preto-velho" está ligado à cultura religiosa Afro Brasileira em geral e à Umbanda de forma específica, pois dentro da Religião Umbandista este termo identifica um dos elementos for­madores de sua liturgia, representa uma "linha de trabalho", uma "falange de espíritos", todo um grupo de mentores espirituais que se apresentam como negros anciões, ex-escravos, conhecedores dos Orixás Africanos.

São trabalhadores da espiritualidade, com características próprias e coletivas, que valorizam o grupo em detrimento do ego pessoal, ou seja, são simplesmente pretos e pretas velhas com Pai João e Vó Maria, por exemplo.

Milhares de Pais João e de Avós Maria, o que mostra um trabalho desper­sonalizado do elemento individual valorizando o elemento coletivo identificado pelo termo genérico "preto-velho". Muitos até dizem "nem tão preto e nem tão velho" ainda assim "preto velho fulano de tal". A falta de informação é a mãe do preconceito, e, no caso do "preto-velho", muitos que são leigos da cultura religiosa Umbandista ou de origem africana desconhecem valor do "preto-velho" dentro das mesmas.

Preto é Cor e Negro é Raça, logo o ter­mo "preto-velho" torna-se característico e com sentido apenas dentro de um contexto, já que fora de tal contexto o termo de uso amplo e irrestrito seria "Negro Velho", "Negro Ancião" ou ainda "Negro de idade avançada" para identificar o homem da raça negra que encontra-se já na "terceira idade" (a melhor idade). Por conta disso alguns sentem-se desconfortáveis em utilizar um termo que à primeira vista pode parecer desrespeitoso ao citar um amável senhor negro, já com suas madeixas brancas, cachimbo e sorriso fácil, por trás do olhar de homem sofrido, que na humildade da subjugação forçada e escrava encontrou a liberdade do espírito sobre a alma, através da sabedoria vinda da Mãe África, na figura de nossos Orixás, vindo ao encontro da imagem e resignação de nosso senhor Jesus Cristo.

Alguns preferem chamá-los apenas de "Pais Velhos" o que é bonito ao ressaltar a paternidade, mas ao mesmo tempo oculta a raça que no caso é motivo de orgulho. São eles que souberam passar por uma vida de escravidão com honra e nobreza de caráter, mais um motivo de orgulho em se auto-afirmar "nêgo véio" e ex-escravo; talvez assim se mantenham para que nunca nos esqueçamos que em qualquer situação temos ainda oportunidade de evoluir. Quanto mais adversa maior a oportunidade de dar o testemunho de nossa fé.

O "preto-velho" é um ícone da Umbanda, resumindo em si boa parte da filosofia umbandista. Assim, os espíritos desencarnados de ex-escravos se identificam e muitos outros que não foram escravos, nesta condição, assim se apresentam também em homenagem a eles, por tê-los como Mestres no astral.

No imaginário popular, por falta de informação ou por má fé de alguns formadores de opinião, a imagem do "preto-velho" pode estar associada por alguns a uma visão preconceituosa, há ainda os que se assustam " com estas coisas" pois não sabem que a Umbanda é uma religião e como tal tem a única proposta de nos religar a Deus, manifestando o espírito para a caridade e desenvolvendo o sentimento de amor ao próximo. Não existe uma Umbanda "boa" e uma Umbanda "ruim", existe sim única e exclusivamente uma única Umbanda que faz o bem, caso contrário não é Umbanda e assim é com os "Preto-velhos", todos fazem o bem sem olhar a quem, caso con­trário não é de fato um "preto-velho", pode ser alguém disfarçado de "velho-negro", o "preto velho" trabalha única e exclusivamente para a caridade espiritual.

São espíritos que se apresentam des­ta forma e que sabem que em essência não temos raça nem cor, a cada encarnação, temos uma experiência diferente. Os pretos velhos trazem consigo o "mistério ancião", pois não basta ter a forma de um velho, antes, precisam ser espíritos amadurecidos e reconhecidos como irmãos mais velhos na senda evolutiva.

Quanto menos valor se dá a forma, mais valor se dá à mensagem, e "preto-velho" fala devagar, bem baixinho; quando assim se pronuncia, todos se aquietam para ouví-lo, parece-nos ouvir na língua Yorubá a palavra "Atotô", saudação a Obaluayê que quer dizer exatamente isso: "silêncio".

Nas culturas antigas o "velho" era sempre respeitado e ouvido como fonte viva do conhecimento ancestral. Hoje ainda vemos este costume nas culturas indígenas e ciganas. Algumas tradições religiosas man­têm esta postura frente o sacerdote mais velho, trata-se de uma herança cultural religiosa tão antiga quanto nossa memória ou nossa história pode ir buscar, tão antigos também são alguns dos pretos velhos que se manifestam na Umbanda.

Muitos já estão fora do ciclo reencarnacionista, estão libertos do karma, já desvendaram o manto da ilusão da carne que nos cobre com paixões e apegos que inexoravelmente ficarão para trás no caminho evolutivo.

Por tudo isso e muito mais, no dia 13 de Maio, dia da libertação dos es­cravos eu os saúdo: "Salve os Pretos Velhos! Salve as Pretas Velhas! Adorei as Almas! Salve nosso Amado Pai Obaluayê, Atotô meu Pai! Salve nossa Amada Mãe Nanã Buroquê, Saluba Nana!"

Usamos para eles velas brancas ou bicolores, metade preta e metade branca, tomam café e fumam cachimbo.


Fonte: Jornal de Umbanda Sagrada, impresso, do mês de maio de 2006.