DIAS, HORÁRIOS E LOCAL DAS SESSÕES

DIAS, HORÁRIOS E LOCAL DAS SESSÕES
Nós realizamos nossos trabalhos de exercício da caridade espiritual, comandadas pela nossa presidente Dna. FLOR MARIA:
nos DIAS de:
TERÇAS FEIRAS:

Início: 19:00 hs., Portão aberto às 18:45 hs., Fechando às 19:15 hs.
QUARTAS FEIRAS:
Início: 20:00 hs., Portão aberto às 19:45 hs., Fechando às 20:15 horas.
LOCAL:
Rua 05 Qd. 17 Lt. 19 - Vl Morais -Tel: 0 (xx) 62 3261-6866

domingo, 30 de março de 2008

AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO

Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, fumando seu cachimbo, um triste preto velho chorava. De seus “olhos” molhados, esquisitas lágrimas pelas faces e seis porque contei – as… Foram sete. Na incontida vontade de saber aproximei – me e o interroguei: fala meu preto velho, diz ao teu filho por que externas assim um tão visível dor? E ele suavemente respondeu: estás vendo esta multidão que entra e sai? As lagrimas contadas estão distribuída a cada uma delas.

A PRIMEIRA eu dei a estes indiferentes que aqui vem à busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber…

A SEGUNDA a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam.

A TERCEIRA distribui aos maus, aqueles que somente procuram a umbanda, em busca de vingança, desejando sempre prejudica a um seu semelhante.

A QUARTA aos frios e calculistas que sabem que existe uma força espiritual e procuram beneficiar – se dela de qualquer forma e não conhecem a palavra gratidão:

A QUINTA chega suave, tem o riso, o elogio da flor dos lábios, mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: creio no umbanda, nos teus caboclos e no teu zambi, mas somente se vencerem o meu caso, ou me curarem disso ou daquilo.

A SEXTA eu dei aos fúteis que vão de centro em centro não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente.

A SETIMA filho, nota como foi grande e como deslizou pesada? Foi a ultima, aquele que vive nos “olhos” de todos os orixás. Fiz doação dessas aos médiuns vaidosos que só aparecem no centro em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo materno e espiritual

Assim, filho meu, foi para esses todos, que vistes cair, uma a uma. As sete
Lágrimas de um preto velho.

Autor Desconhecido

Retirado do livro: Umbanda de Todos Nós
W.W.da Matta e Silva (Mestre Yapacany)

quarta-feira, 5 de março de 2008

SANTO AGOSTINHO - SOLILÓQUIOS

Santo Agostinho, em seus solilóquios (falar consigo mesmo), procura as repostas para a questão:

ATÉ QUANDO SÃO NECESSÁRIAS A FÉ, A ESPERANÇA E A CARIDADE?

Resposta:

Indaguemos, ainda, se estas três coisas lhe serão necessárias à alma, uma vez superada a visão ou intelecção de Deus. A fé, como poderia ser-lhe necessária, se estás de posse de sua visão? E a esperança, ao tempo em que já o conhece? No entanto, a caridade, longe de acabar, será fortalecida enormemente. Pois contemplando aquela magnificência, soberana e verdadeira, lhe crescerá a chama do amor, e se não fixar seus olhos com grande força, sem desviar-lhe o olhar, não poderá permanecer nesta virtuosa contemplação. Mas enquanto a alma habitar este corpo mortal, entendendo Deus como tudo, os sentidos se ocupam destas operações, se bem não lhe seduzam, e ainda que invisíveis, poderia chamar-se fé àquilo que resiste aos seus afagos e se liga ao sumo Bem.

Assim, nesta vida, ainda sendo a alma bem aventurada com o conhecimento de Deus, não obstante padece de muitas enfermidades e espera que se acabe com a morte. Da mesma forma a esperança acompanha a alma enquanto peregrina por este mundo. Após a vida presente, ambas se recolhem em Deus, ficando somente a caridade que justificou essa ligação. Não pode chamar-se fé a união à verdade, livre de todo risco de erro, tampouco há de se esperar algo, onde tudo se possua. Assim três coisas são necessárias à alma: que esteja saudável, vise e veja. As outras três, fé, esperança e caridade são indispensáveis para do primeiro nível atingir o segundo. Para conhecer a Deus nesta vida, igualmente as três primeiras são necessárias, e na outra vida só subsistirá a caridade. (Capítulo VII - Páginas 43 e 44 – Santo Agostinho – Solilóquios – Editora Escala, Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal – 36).

Em resumo, com a nossa partida(Desencarno, morte) tudo irá de encontro a Deus, mas somente a caridade fará nosso caminho até Deus, somente a caridade aniquilará as enfermidades da alma e do espírito enquanto estivermos morada na Terra. (André Marques)